El Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) apresentou alta de 0,15% na terceira quadrissemana de setembro, após registrar variação positiva de 0,02% na segunda quadrissemana. Os dados divulgados pela Fipe nesta quinta-feira (19) mostram que dois dos sete componentes do índice tiveram aumento significativo, com destaque para Alimentação e Saúde, enquanto a deflação nos preços da Habitação perdeu força.
A alta no IPC-Fipe foi puxada principalmente pelos preços dos alimentos, que subiram 0,93% na terceira quadrissemana, após já terem registrado alta de 0,76% na segunda quadrissemana. Entre os itens que mais contribuíram para esse aumento estão as carnes, que tiveram alta de 3,46%, e as frutas, que subiram 3,31%. Com isso, a alimentação passou a ter um peso ainda maior no índice, representando 4,36% da variação total.
Outro componente que teve impacto significativo no IPC-Fipe foi a Saúde, que registrou alta de 0,46% na terceira quadrissemana, após já ter apresentado aumento de 0,36% na segunda quadrissemana. Segundo os dados da Fipe, os principais responsáveis por essa alta foram os medicamentos, que subiram 0,95%, e os planos de saúde, que tiveram aumento de 0,50%. Com isso, a Saúde passou a representar 2,44% da variação total do índice.
Por outro lado, a Habitação apresentou uma desaceleração na deflação, passando de -0,15% na segunda quadrissemana para -0,11% na terceira quadrissemana. Entre os itens que mais contribuíram para essa melhora estão os preços de energia elétrica, que tiveram queda de 1,71%, e os aluguéis residenciais, que caíram 0,25%. No entanto, é importante destacar que a Habitação ainda representa 15,02% do IPC-Fipe, o que indica que essa deflação ainda tem impacto significativo no índice.
Apesar da alta no IPC-Fipe, o resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que esperava uma variação de 0,17%. No entanto, esse aumento ainda é considerado positivo, pois mostra uma recuperação em relação às quedas registradas nas últimas semanas. Além disso, é importante destacar que a inflação segue abaixo da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 4,5% ao ano.
Esses dados do IPC-Fipe indicam que a economia brasileira está se recuperando gradualmente, após passar por um período de instabilidade. A alta nos preços dos alimentos e da saúde mostra que o consumo está aumentando, o que é um indicativo de que as famílias estão gastando mais e, consequentemente, a economia está se movimentando. Além disso, a desaceleração na deflação da Habitação também é um sinal de que o setor imobiliário está se recuperando, o que é fundamental para o crescimento do país.
É importante ressaltar que, apesar dos avanços, ainda há desafios a serem enfrentados para que a economia brasileira volte a crescer de forma consistente. A alta nos preços dos alimentos, por exemplo, pode ser um reflexo da desvalorização do real frente ao dólar, o que encarece os produtos importados. Além disso, a instabilidade política e a incerteza em relação às reformas econômicas também podem afetar a recuperação da economia.
No entanto, é preciso olhar para os avanços e ter esperança de que a economia brasileira está no caminho certo. O